Tudo comeou quando ela deu uma festinha modesta em casa, alguém filmou a putaria toda e colocou no Youtube. Nesses tempos onde voyeurismo, pegação e alcoolismo estão em alta, a moça bombou de fazer sucesso. Todo mundo queria fazer parte das festas dela.. Daí pro sucesso, foi um pulo. De repente, ao invés de festinha em casa, ela estava bombando em uma mansão numa festa regada a música alta, pegação a beira da piscina - com homens e mulheres - e muita jogatina.
Um belo dia em que ela resolveu deixar de fazer festas privê e organizou uma suruba no metrô. A confusão foi tanta que a polícia foi chamada para conter a euforia da galera. Nada. A polícia entrou na onda e de repente, a pegação era geral, polícia batendo no povo e o povo gostando.
Daí ela ficou muito, mas muito rica. Dinheiro era mato. Ela queimava grana assim, como quem queima jornal velho. Podre de rica. Tudo o que ela sempre quis ser, agora ela era. Bonita, safada, e rykah.
Como toda nova rica que se preze, no auge da emergência social, viajou pra Europa. Conheceu o mundo, se apaixonou por um italiano, cogitou casamento. Como todo conto de fadas moderno, tudo deu errado - mal sabia ela que ele seria só o primeiro de muitos cafagestes qe cruzariam seu caminho - e ela resolveu se arriscar em outros mares.
Sua fama só crescia. Fotógrafos a seguiam a todo momento, cada passo que ela dava era vigiado, e ela comprou uma mansão longe de tudo e de todos para viver com sua nova paixão. Até o dia em que descobriu que ele, na verdade, só estava atrás da fama dela. Numa briga, ele a jogou da sacada de casa, e ela ficou meses se recuperando da queda. Quando voltou ao normal, a bunita foi lá e se vingou. Colocou veneno no café do cara e o matou. Dessa vez, a polícia não quis fazer sexo com ela. Prenderam a bunita.
Na prisão, trocava cartas com sua melhor amiga, que também sonhava com o dia em que as duas poderiam dançar juntas. Na verdade, a amiga planejava, em segredo, vingança contra um ex que a filmou com um telefone e vazou a sextape na internet. E ela sabia que só a amiga presa poderia ajudá-la nessa missão.
Enquanto ajudava a melhor amiga a planejar sua vingança, a Dama das festas inacreditáveis arquitetava seu próprio retorno à sociedade. Planejou em detalhes sua aparição, as roupas que usaria e como mostraria ao mundo sua verdadeira face, sem truques de maquiagem e penteados extravagentes, ela pensou em tudo o que seria capaz de fazer para reaver seu lugar entre os ricos e famosos.
Chegado o grande dia de sua libertação, após comer todas as presas o pão que o diabo amassou com o rabo na cadeia, ela foi finalmente posta nas ruas. Com um sorriso psicótico, foi recepcionada pela amiga, Honey B. Honey B, mulher de mano que é, foi buscá-la no carro tunado ouvindo e cantando um rap dubom. Elas discutiram sobre suas vinganças, e colocaram seus planos em prática. Honey B. matou o ex safadão filmador, e a Dama matou mais um monte de gente por puro sadismo. E as duas realizaram o sonho de dançar juntas mais uma vez.
Claro que a polícia e a imprensa descobriram o que aconteceu e começou-se uma nova perseguição à Dama psicótica assassina e sua melhor amiga.
Diz-se por aí que elas fugiram pro México, pra encontrar um tal de Alejandro, mas ainda não se sabe ao certo o paradeiro das duas.
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