segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sobre príncipes, pássaros e edredons

Cibi_Disney_Princes_by_rebenke

Não é fácil. Não é exatamente como nos contos de fadas. O príncipe encantado não vem montado num cavalo branco, não tem pele de pêssego e boca rosa (o da Branca de Neve tem) e a Bruxa Má não desaparece depois de ser derrotada.

Eu achei meu príncipe. Ele veio assim, de repente, sem que eu prestasse muita atenção nele, me conquistando inconscientemente enquanto olhava tímido pra mim e eu nem sabia que ele existia. Ele não monta um cavalo branco, mas pilota um cedêjota como ninguém.

Meu príncipe não é perfeito, e eu sei que eu também não sou, mas a presença dele faz com que eu tenha vontade de ser alguém melhor, maior do que as minhas falhas e desvios.

A convivência vai transformando a gente e, é engraçado, quando eu ouço ele dizer “seu lindo”, eu acredito que eu sou a pessoa mais bonita do mundo, porque a questão não é nem estética, é o contexto todo. E né, auto-estima, não trabalhamos.

Meu príncipe não vive num castelo de cristal, e enquanto não construímos o nosso, nos contentamos com um quarto aconchegante (com uma janela que tem uma árvore em frente, onde os pássaros cantam pela manhã – e eu converso com eles enquanto observo o sono pesado dele) e um edredom quentinho.

Meu conto de fadas é assim, imperfeito porém impecável. Com direito a Bruxa Má. Mas ainda bem que, pelo menos ao que parece, ela deu uma pausa e foi distribuir maçãs envenenadas por outro bosque.

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