terça-feira, 24 de agosto de 2010

metáfora

bygode

Tenho 24 anos. Destes, passei 23 com a cara limpa. Sem pelos. Até porque eles são escassos em mim.

Daí que no ano passado eu tive a bela ideia de cultivar um bigode. Não foi muito pra frente, eu desisti algumas vezes. Na época eu trabalhava com televisão e rolava uma certa pressão, tipo “olha não é legal você fazer uma reportagem com esse bigode”.

Daí que no comecinho desse ano eu resolvi que, de fato, queria ter bigode. Clássico, grandão, mexicano. E fui muito feliz com meu bigodòn. Até que comecei a me sentir incomodado com aquilo. Por alguma razão eu olhava minhas fotos e não me reconhecia. Como se eu tivesse nascido de bigode. Uma loucura.

Eu queria tirar o bigode única e exclusivamente porque queria mudar, e se tenho a opção de mudar, mudarei. Quem disse que era fácil? E é foda, porque eu olhava as fotos sem bigode e não me reconhecia, mas também não me via usando o bigode pra sempre.

Hoje, enfim, consegui tirar o bigode. E estou me sentindo completamente nu, como se faltasse uma parte essencial de mim.

É estranho como seis meses de bigode estão fazendo mais diferença do que 23 anos sem ele.

Um comentário:

gabriel disse...

ele era legal, mas confesso que prefiro sem. pelos mesmos motivos que você :)