sexta-feira, 8 de junho de 2007

.brian warner e eu






eu lembro da primeira vez que o vi.
era the beautiful people, num programa da mtv que passava informaões sobre o clipe e a banda. de cara, fiquei fascinado.

eu estava numa fase (ali pelos meus 13 anos), onde estava barrendo minhas próprias
barreiras. recém descoberto (na verdade assumido pra mim mesmo) minha sexualidade, e havia a pouco largado anos de religiosidade ferrenha. sim, eu já fui religioso. pior, era evangélico. então imagine a bagunça que sempre foi a minha mente.

o fato é que nessa época eu resolvi que largaria de vez a igreja e resolvi não me negar mais o direito a ser feliz do jeito que eu era. daí que eu vi naquele homem ali cantando na minha tv de 14" e de repente ele falava tudo o que eu queria falar. fui atrás, mas ninguém conhecia. com custo achei um disco pra comprar. mechanical animals. chorei a primeira vez que ouvi coma white. logo em seguida conheci um monte de gente que gostava. ganhei uma fita k-7 de hollywood. chorei mais uma vez.

"quem é esse homem? preciso saber tudo sobre ele." pensei.

e assim começou a saga da minha vida. conhecer marilyn manson. mais do que isso, conhecer brian warner, o homem por trás daquilo tudo.desde então eu leio, ouço, vejo tudo o que aparece a respeito dele. não sou profundo conhecedor, mas sei bastante.

pra mim, manson está muito além de música, ou comportamento, ou a tal da atitude. manson apareceu pra mim numa época difícil, onde eu precisava de um norte. ele apareceu como uma voz que dizia tudo o que eu sempre quis dizer pra tudo e todos e nunca tive coragem (e até hoje, muitas vezes não tenho).

as pessoas não entendem o que sinto por manson. não é admiração de fã (tipo menininhas neuróticas com o simple plan), não é fanatismo ferrenho (tipo charles manson). é muito, muito além disso. manson está pra minha vida como o descobrimento do brasil está pra cabral.

por isso, quando eu falo sobre o meu estado quando fiquei sabendo do show dele no brasil, é difícil de acreditar. eu entendo. se eu ouvisse alguém relatar que ficou tonto, teve uma rápida taquicardia, ficou rindo, tremia e chorava só porque leu uma nota de jornal scaneada, eu também acharia ultra-estranho.



vem aí o momento mais importante de toda a minha vida. e eu falo isso sem a menor sombra de dúvida.

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