"A minha vida se resume em dois momentos básicos e que mantêm sempre ocupado: ou a vida está uma beleza só e eu estou ocupado demais sendo feliz, ou ela está um lixo desprezível e eu estou ocupado reclamando dela, se bem que às vezes eu faço o favor de reclamar dela aqui no blog, o que para os leitores é muito bom, já que a maioria de vocês vêm aqui só para rir da minha desgraça pessoal."
Li isso aí num blog por aí e achei o máximo. Achei isso tão eu.
E, por pura preguiça de escrever sobre algum tema aleatório, ou reclamar da vida, copiei e colei.
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Estive pensando nesse post e eu acho que queria escrever sobre a Avril Lavigne. Sobre como no começo ela queria ser Alanis Morissete e se perdeu no meio do caminho.
O primeiro disco dela foi legalzinho. Punkzinho de butiqe adolescente. Feito de teenager pra teenager. Confesso que no começo achava ela uma Britney disfarçada, mas depois vi que existia certa honestidade na música dela.
Quando veio o segundo álbum (e dizem que no segundo é que o artista mostra mesmo a que veio), eu parei e falei: "ok, ela é boa mesmo". Under My Skin era sombrio, adulto, sério, embora mantesse um certo frescor juvenil que ainda agradava.
Com esse disco, Avril tinha tudo pra crescer e ser Alanis.
Mas aí a mistura desandou e ela se perdeu completamente, coitada. Achando que já tinha virado mulher, cismou de ser loiruda gostosona, bancou a sexy, arrumou namorado e se casou.
Daí chegamos ao novo "The Best Damn Thing" que, de "the best", tem muito pouco ou quase nada. Na verdade, se este fosse o segundo disco da Avril ele seria até bom. Porque ele é continuação do primeiro. No mesmo nível, sabe? Não que seja ruim.. mas ela se superou no segundo pra regredir no terceiro.
"Girlfriend", primeiro single, empolga. Musiqinha feliz, pra cima, dançante, e seu "hey hey hey" gruda na cabeça por horas. Mas só. O resto do disco é insoso.
O clipe de "Girlfriend" parece uma sátira às Britneys e PussyCat Dolls da vida. Só falta a coreografia.
E é aí, nesse clipe, que a gente vê o quanto falta de Alanis em Avril. Enquanto Avril se leva a sério parecendo sátira, Alanis grava "My Humps", zoa a Fergie descaradamente e ri no final com a cara toda borrada do make-up, como quem diz "sim, eu sou mesmo ridícula".
Avril ainda tem que comer muito capim pra ser Alanis, mas, se ela parar e pensar um pouco (ao invés de tentar rebolar, coisa que ela não consegue [Alanis sabe rebolar!!]), ainda há tempo.
As vezes a gente se perde no caminho para o que queria ser. E eu tô me sentindo meio Avril.
quarta-feira, 11 de abril de 2007
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